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sexta-feira, 28 de março de 2008

Animação "Persépolis" é proibida no Líbano

Depois de duramente criticada por autoridades iranianas (onde só pôde ser exibida em versão censurada), a animação Persépolis não teve sua exibição permitida no Líbano, segundo informa o jornal francês Le Monde. Uma fonte do governo libanês disse, com a condição de que seu nome não fosse divulgado, que o longa-metragem desagradou ao Chefe da Segurança do país, o general Wafiq Jizzini.

Mais tarde Jizzini afirmou não ter assistido ao filme, foi apenas informado por funcionários responsáveis pela censura, e que a decisão não é definitiva. O general disse, ainda, que "respeita" a liberdade de expressão, mas que, com a atual (lê-se permanente?) crise política no Líbano, "não seria aconselhável colocar mais lenha na fogueira". Ele aproveitou para negar que o Hezbollah tenha qualquer participação na atitude.

Em defesa do filme saiu o Ministro da Cultura, Tareq Mitri, que disse ter ficado surpreso com a notícia. Segundo ele, "não há razão nenhuma para a censura do filme".

Curiosamente, cópias piratas da animação francesa são facilmente encontradas no mercado negro libanês, criando uma situação idêntica à mostrada em Persépolis, onde a protagonista busca fitas K-7 de Michael Jackson (banidas pelo governo iraniano) junto a mercadores ilegais.

Utilitário:
Persépolis é uma animação baseada na HQ autobiográfica de Marjane Satrapi (lançada no Brasil pela Companhia das Letras) e mostra a infância e adolescência da autora no Irã, durante a revolução islâmica. Foi premiada em Cannes e concorreu ao Oscar.
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